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BABYMONSTER: SHEESH



Que sabor esse debut OT7, família. O tão aguardado retorno do BABYMONSTER aconteceu, e aconteceu com o debut da AHYEON como integrante do grupo. Não entrarei em questões de: — é debut ou comeback. Cada qual, com a sua opinião — o importante é que agora a lineup está como deveria ser: com as sete vencedoras do reality. 


Agora, com a formação original para jogo, a YG trouxe um investimento maior, um videoclipe mega produzido (dá para sentir o cheiro do dinheiro) e visuais espetaculares. Tivemos também o debut do grupo em um programa de TV, sendo transmitido uma hora antes do MV de "SHEESH" ser liberado e dá para sentir a força desse grupo. Se com uma integrante a menos e com um hate fudido elas já eram gigantes, agora então, meus amigos, ninguém segura. É um grupo muito bem preparado e com integrantes com excelentes habilidades. 


1. A title


Eu acho que a YG estava preparando o público para receber "SHEESH". O BABYMONSTER sofre hate apenas por existir e é constantemente comparado ao BLACKPINK. Quando SHEESH saísse, inevitavelmente as meninas seriam massacradas por causa desse refrão. Então, como ele foi liberado aos poucos fucking spoiler na nossa cara  — o público teve um tempo para se acostumar com a palavra (que causa estranheza) e com a dinâmica "não cantada".  Na primeira vez causa estranhamento, comigo foi assim, fiquei até desapontada, haha, mas a partir do teaser da Chiquita eu acabei abraçando a ideia  — e penso que aconteceu a mesma coisa com a maioria das pessoas. É claro que tem aquelas que detestaram e continuam detestando e aquelas que amaram desde a primeira vez, mas acho que a parcela geral experienciou o mesmo que eu e penso que foi uma jogada bem inteligente da YG. Mitigou a expectativa sobre o refrão e, consequentemente, o hate sobre ele. 


Logo, a expectativa foi para o restante da música e ela é maravilhosa do início ao fim  — o defeito, é que é curta demais. Os holofotes foram muito bem distribuídos entre as vocalistas e as rappers, penso até que as vocalistas brilharam mais (e olha que sou a doida da rap line). RORA cantou menos, mas suas partes são sempre muito lindas e marcantes. Ela cantarolando no início e iniciando a ponte, com aquela voz e aquele visual absurdos, ela sabe aproveitar muito bem o momento dela. PHARITA teve um destaque gigante também, embarcando no pré-refrão e nossa, a bichinha tem gogó, haha. E HARAM... ela é a main vocalist e é óbvio o porquê. Ela me quebrou de um jeito... ela brilhou demais em ambos pré-refrão, mas na ponte... na ponte ela destruiu. A forma como ela controla a voz dela, indo do delicado ao denso, aquele aspecto pesado, ai, vocalista da nação. Eu senti essa mesma coisa com os adlibis dela em "STUCK IN THE MIDDLE".






CHIQUITA —  uma maknae de ouro. Assim como a RORA, ela cantou menos, mas obteve partes marcantes, como o início da música e o centro. Aquele B.A.B.Y.M.O.N. é a cereja do bolo e a voz dela traz um tom místico para a coisa, é encantador. AHYEON pôde mostrar muitos lados dela que amamos: a vocalista, com a HIGHNOTE impecável na ponte, a center no primeiro refrão e a rapper cheia de atitude, junto com a RUKA e a ASA. Acho que ela teve o momento dela, sabe? O debut tão esperado. RUKA — ela é o amor da minha vida. Eu esperava uma linha de rap maior, buáh, mas ela brilhou no pouco tempo que ela teve e ainda pegou o centro do segundo refrão, então estou feliz. ASA — ela nem respira, né? Haha, ela é diferenciada, o rap dela é incrível e, assim como a RUKA, ela teve destaque no refrão e na ponte também. 


Como um todo, eu definitivamente amei a música. Eu comentei as partes e eu amo o todo. A YG trouxe uma aura sombria, que conversa com esse lado MONSTER e eu senti a construção da identidade do grupo e eu senti o selo YG de qualidade aqui. Tem a identidade delas, mas tem a da empresa também  —  o que é ótimo, porque eu amo a sonoridade da YG, quando se trata disso, é de longe minha empresa favorita no KPOP. O instrumental tem uma coisa mística. Um místico encantador e sombrio, mais calmo no início e mais poderoso no refrão e nas partes altas. O encerramento é um show à parte, sempre tem aquela reunião divertida e mesmo aqui, a sonoridade sombria permaneceu. Adoro. 



2. MV


Padrão YG de qualidade. Cenários majestosos e uma fotografia digna de cinema. A empresa investe bastante em seus MV's, optando por cenários reais ao invés de CGI e é de fato uma marca registrada. Em BATTER UP tivemos cenários reais também, mas aqui em SHEESH a coisa vai para outro nível. A estética sombria e mística, a RORA com o piano, os cenários surreais da RAMI, tudo muito bem produzido. 


Embarcando nos visuais, nem há muito o que dizer: — todas estavam impecáveis. RUKA de franja, RORA sendo a visual como era de se esperar, PHARITA a cara da Seo Yeji, ASA de cabelo rosa, CHIQUITA arlequina, AHYEON toda produzida, e, RAMI... RAMI sendo uma deusa, uma fada. Ela naqueles cenários, meio elfa, sério, roubou totalmente a minha atenção. Inclusive, esses cenários da RAMI, principalmente no primeiro pré-refrão, me deu uma vibe DREAMCATCHER, sabe? Aquele olho em chamas, o figurino vermelho e um instrumental pesado ao fundo. 


Sem enrolação, meus cenários favoritos são: — todos da RAMI; e aquele com os quadros, bem Wandinha (e DREAMCATCHER?). 








Papeando sobre essa era como um todo, eu posso dizer que a YG fez o trabalho de casa. Houve um preparo e cuidado com o lançamento, os teasers sendo divulgados com um prazo bom, um marketing inteligente (apresentação surpresa da AHYEON (bem quando já estávamos xingando até a quinta geração da família do YG), spoiler do refrão para preparar a galera e mitigar o nível de hate)... 


Com o lançamento, o grupo retornou com um mini álbum de 7 faixas — que olhando de longe, é um número bom, mas de perto, conta com apenas duas faixas inéditas, sendo que uma é a title, então fica um gostinho meio agridoce. Pessoalmente, fiquei muito feliz de terem relançado as antigas em 'OT7', também gostei muito da INTRO, a title nem se fala, mas LIKE THAT não me pegou, achei ela desconexa do resto do álbum. Estou viajando? Maybe. 


A YG liberou a coreografia (dance practice) de SHEESH no dia 04/04 (Brasil) e eu estava com as expectativas nas alturas: — e no fim, fiquei um pouco desapontada. O grupo tem excelentes dançarinas, mas a YG insiste em coreografias simplistas. No entanto, como SHEESH será o primeiro debut stage do BAEMON, entendo a estratégia de priorizar o vocal, ao invés da dança (algo que tem sido muito cobrado dos grupos da quarta e quinta geração). Então, apesar dos pesares, boa escolha da YG, afinal, um vocal poderoso  rap idem  — já são grandes fatores de destaque para o grupo. 


O debut stage das meninas está previsto para o dia 07/04 e elas têm tudo para conquistar o público sul-coreano: — talento e carisma. Elas se garantem no ao vivo e esse debut em TV aberta será um grande passo para a consolidação do grupo. Elas precisam ser vistas, ir além do YOUTUBE e SPOTIFY, elas precisam fazer o nome delas na Coréia do Sul também. 


SHEESH é uma title forte, com muito vocal e muito rap. A YG dosou duas das características mais fortes do grupo, embora tenha pecado um pouco na coreografia. O refrão é simples, mas vicia. O pré-refrão e a ponte não saem da cabeça. A festinha aconteceu no final da música, mas uma festinha monstrinha das trevas, indo ao contrário daquela balada loka que geralmente acontece (que também é ótima). Dá para sentir a construção da identidade do grupo, o lado MONSTER com elementos de HIPHOP e estética mais sombria/dark e o lado BABY mais focado no vocal, com baladas e tudo mais (estou esperando por você, R&B).


Em suma, estou imensamente feliz e bem alimentada com esse comeback e já estou ansiosa por músicas novas :)







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