
Em agosto de 1988 em Seul, Coréia do Sul, nascia uma criança predestinada à ser uma lenda. Não nascia apenas um idol de kpop, nascia um artista, essa figura que moldou uma indústria e que deixou e ainda deixa um gigantesco legado, sendo respeitado pela nação sul-coreana, seja criança, jovem, adulto, idoso, homem ou mulher. Nosso querido Kwon Ji Yong, mais conhecido como G-Dragon, retornou ao cenário musical com o lançamento do tão aguardado Übermensch, seu primeiro álbum de estúdio após os 8 anos do lançamento do "Kwon Ji Yong", de 2017, e as recentes e não tão recentes polêmicas envolvendo ele próprio e o BIGBANG.
Cara, daria para fazer um textão sobre como o G-Dragon moldou a indústria e do porquê dele ser essa pessoa emblemática e super influente dentro da Ásia, sendo respeitado pela comunidade da moda, pela comunidade khiphop (um cenário difícil para idols) e pelo público geral, e sendo ainda, uma figura global, mesmo tendo iniciado sua carreira e tendo seu auge em uma época onde não havia Spotify ou Instagram. Ele é líder de um dos, senão o grupo mais influente da história do kpop, conseguiu transitar respeitadamente entre o mundo khiphop e o kpop, com o BIGBANG tendo uma discografia invejavelmente sólida e sendo um grupo com uma incrível longevidade, levantando uma arena, após anos de hiatus, com seu grande apelo performático. Ainda, o G-Dragon e o BIGBANG ditaram muitas tendências, sendo o GD, por exemplo, a iniciar a era de idols compositores, sendo responsável por canetar a icônica LIES.
Como solista, G-Dragon dispensa comentários, pois sua carreira é igualmente sólida, marcando o cenário musical, artístico e da moda, sendo o único solista de um grupo de kpop a ganhar o prêmio de artista do ano no MAMA, além de ser embaixador global da CHANEL e de ter sua própria marca de moda, a peaceminusone. Enfim, paremos de elogiar a lenda, e comecemos a resenhar, rs, porque esse álbum está incrível (e quem sabe eu resenhe, futuramente, o Kwon Ji Yong de 2017, que possui a atemporal Divina Commedia). Adendo: esta resenha é bem emotiva e pessoal e não sou nenhuma especialista em música, então relevem, família :D

O álbum é aberto com a incrível e já conhecida HOME, SWEET, HOME, música revelada no MAMA 2024 e que tem a participação dos meus outros lindos e maravilhosos chuchuzinhos, Daesung e Taeyang, membros também remanescentes do BIGBANG. Para ficar mais perfeito, só se tivesse o danado do T.O.P.
A Coreia abraçou HSH, que é um verdadeiro presente não só aos V.I.Ps, mas a todo público que acompanha e acompanhou o BIGBANG, pois dá aquele gostinho de comeback, ainda mais após o lançamento de STILL LIFE e a repentina saída do T.O.P. do grupo. HSH teve uma performance incrível, marcante e nostálgica no MAMA, e a música tem essa vibe BIGBANG, tem linhas de rap bem características, o pré-refrão e a ponte são ouro (e valorizam muito bem o vocal do Taeyang e do Daesung) e tem esse estilo que conversa com o EDM e o pop-rock, sendo HIT na certa.
POWER é a segunda música do álbum e todos nós já a conhecíamos, porque foi um pré-lançamento. Vamos combinar, o GD mandou muito bem aqui, ele conseguiu tocar na ferida de muita gente, hehe, nem a polícia/governo/imprensa sul-coreana escapou, já que fizeram ele passar por um inferno com aquela investigação que não deu em nada, já que ele foi inocentado "vou provar que todos estão errados, eu tenho todas as provas" ou "eu passei no teste e doei 300 milhões". Tem gente que não curtiu o estilo da música, mas eu particularmente amei, sem contar que o GD é um letrista brilhante, o jogos de palavras e as referências que ele usa na composição de suas músicas é de 1ª linha. Como ele diz: "eu sou edição limitada da segunda geração, a obra prima do século" ou "eu sou incrível, pois eu sou autêntico". Ele sabe que ele é o maior, ele sabe... "me chamo, você já sabe... G para D ou GOAT, a lenda viva".
O canal Johnny fez uma tradução muito legal da música, é só clicar aqui.
TOO BAD é a terceira música do álbum e é uma das titles. Tem a parceria do Anderson .Paak (Silk Sonic) e tem cara de HIT. Infelizmente a música é muito pequena, e esse lance de músicas com menos de 3 minutos é o mal do século, namoral. Todavia, mesmo com 2:33 minutos TOO BAD consegue preencher bem a sala. É uma música viciante, é meio Pharrell Williams, e dizem que é a cara do Paak também, meio Funk (eu não entendo muito do gênero). Essa title é bem enérgica e alto astral, dá vontade dançar ou simplesmente curtir a vida, é gostosinha de escutar, sabe? A participação do Paak agrega demais, a voz dele é diferenciada e o GD está simplesmente incrível, mesmo cantando pouco, já que a música é pequena e o refrão é a cereja do bolo. O MV é uma graça e tem muitas estrelas, tem a KARINA do AESPA, uma linda, e a coreógrafa BADA LEE.
A quarta música do álbum é DRAMA, a Untitled, 2014 do Übermensch. Na verdade, embora ambas sejam baladas, as músicas acabam se diferenciando em outros aspectos. DRAMA é mais conceitual e até sombria, enquanto Untitled grita dor e amor, é algo latente. DRAMA é a outra title do álbum e o eulírico está vivendo uma relação tumultuada, sua companheira gosta de complicar as coisas, nada está bom e se está bom, ela quer deixar ruim. Essa música cheira à toxicidade, aliás, "parece que você quer começar uma discussão... ganhando ou perdendo, só pela diversão" representa bem isso, mas eu gosto mesmo é do trecho "Drama queen, got it from her mama", rs, achei muito específico...
Enfim, DRAMA foi uma música que escutei e pensei: "hm, conceitual, entendo, mas não é minha favorita", só que com o tempo, ela cresceu bastante em mim e a letra é diferenciada, nós temos aqui um artista que entrega conceito e entrega lirismo. Eu li a maioria das traduções pelo canal nyleve, deixarei o link em cada música.
IBELONGIIU é a quinta música do álbum e eu ainda não sei bem o que pensar dela. Ela não é ruim, longe disso, mas é uma música que ainda não me conectei. Mas eu gosto daquele "uuuu u uuu" no refrão, sabe? IBELONGIIU tem uma vibe que ainda não consigo definir, digo, o instrumental, acho que me vem algo meio indie, meio Tame Impala ou The Chainsmokers? Estou viajando, né? Rsrsrsrsrs. Enfim, preciso escutar mais.
Agora se prepara, que a rainha do álbum está chegando: sim, é você TAKE ME. A sexta música do álbum, é também a grande estrela, essa é aquela que agradou e vai agradar a maioria dos ouvintes. Esta é uma música que transborda amor, o menino Ji Yong estava inspiradíssimo e você sente isso em cada pequeno trecho dessa música. TAKE ME nasceu para o sucesso, ela tem uma declaração de amor como letra, temos um GD com vibes old GD ou mesmo BIGBANG, temos a voz rouca naquele "baby... baby... baby...", temos o solo de guitarra na ponte que é um charme e temos o instrumental... esse instrumental é tão nostálgico e dream pop, daqueles que te faz sonhar ou querer voar... aaah.
Dá vontade de ficar apaixonado e sair gritando TAKE ME, TAKE ME, TAKE I'M YOURS, rsrsrsrs. A tradução está aqui, e pessoalmente, adoro a parte: "Are you mine? 'Cause I'm yours" :')
Mudando agora um pouco a vibe, temos a BABADÍSSIMA e dona do meu coração, BONAMANA, a sétima música do álbum. Seguinte, família, minha música favorita do álbum ou é esta ou TAKE ME, é difícil de decidir porque ambas me marcaram muito e elas são completamente diferentes. Se TAKE ME fala de um amor puro e latente, BONAMANA beira mais a um amor perigoso e ilícito, recebendo o selo de música polêmica e de cair o queixo do álbum, rs. Para começar, ela tem uma vibe obscura e ao mesmo tempo sensuelen, o instrumental no violão e o GD cantando com uma voz grave e lindíssima, adoro a lenda cantando assim. BONAMANA não tem uma linha de rap tão forte, mas é bem marcante e bem GD. Adoro todo o refrão, mas a parte "She ain't got no problems? Alright (what), neona nana" não sai da minha cabeça por nada, haha. Para mim, BONAMANA é a Divina Commedia do álbum, no sentido de ser aquela música diferente e marcante, talvez conceitual? São o tipo de música que um artista estabelecido lançaria, por serem mais conceituais que comerciais, e por terem letras com mais nuances e profundidade. Elas gritam ARTE. Enfim, SOU FÃ DESSA PEDRADA, ela é 1% mais favorita que TAKE ME, sorry.
Aquela que encerra o álbum, nossa oitava música, é a GYRO-DROP, outra que demorei para entrar na vibe, mas hoje em dia já considero pakas. Acho que ela seria a Middle Fingers Up do álbum? Bem, sem comparar as letras, porque não sei a tradução da primeira, desculpa V.I.Ps. Bem, o Übermensch é um álbum menos hiphop do que poderíamos esperar, mas GYRO-DROP acaba trazendo o GD rapper de volta, aquele GD que já vinha dando as caras em BONAMANA, embora GYRO-DROP tenha uma vibe mais calorosa, inclusive com um refrão que soa bem (novamente) Pharrell Williams, especialmente a voz, tipo, parece demais — mas os redditors dizem que a voz é do Gamal Lewis. Enfim, é uma música que funciona muito bem como encerramento e traz um pouco da vibe do início do álbum, especialmente TOO BAD e um pouco de POWER.

Übermensch é um termo alemão cunhado por Nietzsche que significa "super-homem" ou "sobrehumano", então temos esse conceito de um ser fora da curva, diferente, que rompe padrões. Claro que tem mais nuances, mas filosofia e Nietzsche não são meu forte, rs, porém dá para entender a ideia que o G-Dragon quis passar ao escolher esse título para seu álbum, e um álbum lançado após quase 8 anos de hiato como solista.
G-Dragon está reconhecendo que sim, ele é um cara diferente, que é um cara que faz falta e que ele pode ficar 10 anos sem dar as caras, que quando ele voltar, ele vai causar um alvoroço, porque ele é One of a Kind, ou melhor, a própria indústria. E dito e feito, família, ele pegou all kill com TOO BAD e outras músicas do álbum estavam charteando muito bem também. GD é ARTISTA e artistas são assim.
Analisando Übermensch como um todo, temos uma somatória super positiva, o GD continua sendo um artista impecável, com uma discografia sólida e autêntica. Este retorno tem menos hiphop, mas ainda assim, é a cara dele.
Como V.I.P., sigo orgulhosa do menino Ji Yong, ele é incrível e merece tudo de bom, e é muito gratificante e feliz poder escutar músicas novas dele após tanto tempo. Agora, nos resta aproveitar e muito essa fase e ficar aí na torcida para os outros integrantes do BIGBANG e o T.O.P lançarem mais coisas aí para a gente.
10/10
💛 💛 💛 💛
Comentários
Postar um comentário